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Que não seja imortal…

Sobre términos, por Ade Monteiro

2 min readJun 5, 2021

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Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure…

Vinícius de Moraes

Sinto que estamos caminhando lentamente pra uma nova forma de enxergar e de viver as relações. Estamos compreendendo que a finitude não é algo ruim, pelo contrário. A finitude nos instiga a apreciar o momento e as pessoas nele presentes. A finitude nos convida a fechar ciclos e iniciar novos processos. Ela nos leva a refletir que são tantas variáveis, e não temos o controle, não temos garantias. A finitude é um desafio que nos traz propósito.

“Se a terei para sempre incondicionalmente por que me esforçar em mantê-la comigo? Por que me empenhar em demonstrar meu amor?” Não há riscos nem desafios.

Mas e se, como no episódio do Netflix “Hang the DJ”, tivéssemos uma “data de validade” para os nossos relacionamentos, como seria? No cena final, o texto do videogame anuncia que foram executadas 1000 simulações, com rebeliões (não aceitaram a data de término) ocorrendo em 998 delas rsrs. Ou seja, somos humanos, não somos máquinas, não dá pra programar nada, muito menos que será eterno.

Na minha relação vejo meu parceiro encantado com as pessoas, se “empenhando” em conhecê-las, em demonstrar à elas a pessoa linda que ele é, fascinado por um novo mundo que se abre pra ele. O mesmo acontece comigo. Então refletimos: “o que há em nossa relação? Por que você ficaria ‘aqui’ se ‘lá’ parece tão incrível?”

Então passamos a fazer o que deveríamos ter feito sempre: apreciar a presença, o amor que o outro nos oferece e a demonstrar nosso amor. Eu não sei até quando ele estará comigo, melhor aproveitar enquanto dura não é mesmo?

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